10 dicas para lidar com idosos com Alzheimer
O passado no presente: A maior parte dos doentes com Alzheimer passa a viver no passado, ou seja, a sua memória de longa duração substitui a memória de curto prazo. Isto significa que, embora possam lembrar-se nitidamente do que aconteceu há 30 anos atrás, não se conseguem recordar daquilo que almoçaram há 2 horas atrás. Como contornar esta situação? Não contornando, ou seja, deve-se aproveitar para conversar com o idoso sempre que ele quiser, sobre aquilo que ele quiser.
Curto e simples: Quando comunicar com um idoso que sofre de perda de memória, faça-o com frases curtas e simples, ou seja, de muito fácil compreensão. Utilize um vocabulário direto, evitando expressões e eufemismos que podem apenas confundir o idoso. Para além disso, faça apenas uma pergunta ou solicitação de cada vez.
Tempo de resposta: Mesmo com uma comunicação simples, direta e curta, quem vive com a perda de memória necessita de tempo para responder àquilo que lhe foi perguntado ou pedido. Dê ao idoso todo o tempo que precisar para pensar no que lhe foi dito e formular a sua resposta, sem o apressar ou interromper o seu raciocínio. Se vir que pode ser útil, repita o pedido ou a questão.
Repetições, repetições, repetições: A comunicação com um idoso com perda de memória vai certamente estar recheada de frases e perguntas repetidas. Embora possa ser frustrante para quem está a ouvir, em vez de dizer “ainda agora acabei de te dizer”, tenha paciência e volte a repetir a resposta ou a pergunta, de preferência igual ou muito parecido com a resposta anterior, para evitar confundir o idoso.
Outras formas de comunicação: Infelizmente, a perda de memória pode afetar a comunicação verbal de um idoso, que pode ter dificuldade em expressar os seus pensamentos ou formular frases completas e coerentes – algumas pessoas até deixam de falar. Se a fala representa um obstáculo na comunicação com um idoso com perda de memória, mune-se de outras formas de comunicar: esteja atento à linguagem corporal e às expressões faciais, tanto do idoso como as suas – evite movimentos bruscos e revirar os olhos, por exemplo. Por vezes, apontar para algum objeto pode facilitar a comunicação, por isso, peça ao idoso para fazer o mesmo quando estiver com dificuldades em transmitir alguma ideia.
Erros e desentendimentos: Quem sofre de perda de memória nem sempre encontra as palavras certas para comunicar o que pretende, podendo substitui-las por outras que nada têm a ver com o assunto em questão. Esteja sempre muito atento ao desenrolar de qualquer conversa, procurando entender, mesmo por meias palavras, aquilo que o idoso está a tentar comunicar. Recorra a outras formas de comunicação – caso da gestual – se for necessário, mas evite chamar a atenção do idoso ou rir-se dele porque utilizou a palavra errada ou trocou o sentido a uma frase. Fazer isso pode levar a sentimentos de frustração, raiva, tristeza, falta de confiança e dignidade. O que importa é o significado daquilo que está a ser dito e não a forma como é dito: focalize-se nisso.
Mimos e carinhos: A perda de memória não significa a perda de emoção, por isso, mime o idoso com carinhos especiais. O esquecimento e a dificuldade em comunicar pode frustrar o idoso, levando-o à depressão e ao isolamento, o que significa que precisa, mais do que nunca, do sentimento de pertença e de segurança. Faça-lhe companhia numa das suas atividades preferidas, segure-lhe na mão, faça-lhe uma carícia no rosto ou dê-lhe um abraço forte – são gestos tão ou mais poderosos do que as palavras.
Vigilância atenta: Cerca de 60% dos doentes com Alzheimer acabam por se perder, vagueando sem sentido e sem conseguir voltar ao seu ponto de partida, devido à perda de memória. Para evitar situações como esta, assegure que não deixa as portas e/ou janelas da casa abertas; se tem receio que o idoso possa vaguear, não lhe peça para ir buscar o correio ou levar o lixo sozinho; não deixe o idoso conduzir ou andar de transportes públicos sozinho.
Personalidade própria: Apesar da perda de memória, o idoso continua, no fundo, a ser a mesma pessoa, com os mesmos gostos. Só porque a sua memória já não é o que era, não significa que não possa desfrutar de atividades e momentos de lazer que sempre apreciou. Você, melhor do que ninguém, conhece essa pessoa, por isso, faça por honrar a sua personalidade: se o idoso gosta de passear, acompanhe-o; se gosta particularmente de determinado programa televisivo, faça questão de ligar a TV na hora da sua emissão.
Paciência e disponibilidade: Se cuidar de um idoso já é exigente, lidar de perto com um idoso que sofre de perda de memória pode ser um desafio ainda maior. Depois de uma vida longa e preenchida, a terceira idade, com todos os seus obstáculos, pode ser fonte de depressão e desânimo para muitos idosos, os quais contam com os seus familiares e amigos diretos para os acompanhar nos últimos anos de vida. Esse acompanhamento requer, acima de tudo, disponibilidade e paciência, duas preciosidades para quem luta contra a velhice e as suas vicissitudes. Nunca é demais lembrar que, para conseguir isso com sucesso e saúde, quem cuida de alguém também tem de cuidar de si.
Extraído do blog GITZ – da colaboradora Gisele Blagitz
sábado, 13 de novembro de 2010
Em busca da afetividade perdida
Em busca da afetividade perdida
Em busca da afetividade perdida .Mesmo debilitados devido ao peso dos anos ou dependentes e acamados devido às doenças, a saudável condição física e emocional de meus pais foi sempre alvo de elogios. Aonde quer que os levasse, hospitais, consultórios, praças públicas, shoppings, as pessoas que encontrávamos (desde profissionais da área de saúde a estranhos transeuntes) faziam questão de nos abordarem para expressar sentimentos de apreço diante do que viam. Emocionada, sentia-me grata e orgulhosa por vê-los atrair a atenção e o carinho de tanta gente! Entretanto, algo me inquietava: havia um tom de espanto, como se fosse algo extraordinário estar diante de nonagenários bem asseados, bem alimentados, com pele íntegra e com brilho no olhar, apesar das condições patológicas. Muitos abraçavam a mim e a minha mãe com lágrimas nos olhos enquanto diziam com vozes embargadas: “que coisa linda! Deus as abençoe!” Intrigada, porque nunca senti que estivesse fazendo nada de excepcional, quando médicos mais amigos teciam algum comentário desse nível, passei a debater com eles essa sensação de inquietude que me invadia. Ouvi então discretos depoimentos que, resumidamente, me inteiravam de que a grande maioria dos pacientes idosos por eles atendidos está sempre entregue aos cuidados de terceiros, sendo muito raro e dificultoso o contato com algum familiar dos mesmos. Os resultados disso são visíveis: pacientes depressivos, mal nutridos, desidratados e mergulhados em graus de dependência física que não condizem com as condições patológicas apresentadas. O pior disso tudo é que as diversas situações não podem ser enquadradas como casos de abandono, de negligência ou mesmo de maus tratos: os idosos estão lá, no conforto da casa deles e com pessoas contratadas para os devidos cuidados. Mesmo aqueles que têm algum familiar morando com eles são condenados ao ostracismo: geralmente restritos ao quarto ou poltrona na sala de visitas não são estimulados a participar de conversas ou expressar seus sentimentos ou opiniões. E assim histórias e mais histórias acontecem desde sempre e se repetem pelo mundo afora. Os direitos humanos, as cartas magnas das nações, os estatutos sejam do idoso ou da criança e do adolescente, são meras palavras escritas num papel sob a menção honrosa de ter força de lei… Mas mesmo supondo que tais leis serão cumpridas pelo receio às punições previstas caso venham a ser desrespeitadas, o afeto, a fraternidade, o amor por nós mesmos refletindo-se no amor pelo outro jamais poderão ser obtidos pela força de nenhuma imposição. A ciência avança em suas pesquisas e vai descobrindo meios de aliviar o sofrimento ou curar o corpo debilitado por doenças, acidentes ou até mesmo corrigir os efeitos ‘antiestéticos’ do envelhecimento; a tecnologia avança permitindo uma maior proximidade entre os indivíduos e oferecendo meios para que se tenha mais conforto e tempo disponível para usufruir do prazer de viver…
Entretanto, cada vez mais não sobra tempo… Cada vez mais as pessoas vivem isoladas e prisioneiras do medo da violência intensificada em todas as camadas sociais… Cada vez mais a morte de jovens se alastra pelo mundo afora, restando aos velhos enterrarem seus filhos e netos enquanto, sob o peso da idade, sofrem os atropelos impostos por todos os segmentos de uma sociedade que quando não os abandonam à própria sorte, os mantêm afastados de toda sua complexa dinâmica de relações. Paradoxalmente, segundo pesquisas mais atuais, mesmo vivendo de parcas aposentadorias, são eles que atualmente se destacam como mantenedores da sustentação econômica da família, uma vez que os filhos adultos – seja pela escassez de empregos, seja pelas condições econômicas deficitárias, seja por mortes prematuras – continuam na dependência financeira dos velhos pais para criarem os próprios filhos e tocarem adiante as próprias vidas. Estamos sempre dispostos a julgar e condenar os outros mas nunca admitimos a nossa parcela de responsabilidade sobre tudo o que acontece, como se a sociedade fosse uma entidade autônoma que atua sem a nossa participação, sem a nossa conivência. Excluímo-nos sempre quando algo nos choca e desagrada, entretanto, seja por omissão, indiferença ou ação direta, cada um de nós alimenta e torna possível o funcionamento de toda uma engrenagem que repudiamos e sob a qual nos sentimos sufocar
Em busca da afetividade perdida .Mesmo debilitados devido ao peso dos anos ou dependentes e acamados devido às doenças, a saudável condição física e emocional de meus pais foi sempre alvo de elogios. Aonde quer que os levasse, hospitais, consultórios, praças públicas, shoppings, as pessoas que encontrávamos (desde profissionais da área de saúde a estranhos transeuntes) faziam questão de nos abordarem para expressar sentimentos de apreço diante do que viam. Emocionada, sentia-me grata e orgulhosa por vê-los atrair a atenção e o carinho de tanta gente! Entretanto, algo me inquietava: havia um tom de espanto, como se fosse algo extraordinário estar diante de nonagenários bem asseados, bem alimentados, com pele íntegra e com brilho no olhar, apesar das condições patológicas. Muitos abraçavam a mim e a minha mãe com lágrimas nos olhos enquanto diziam com vozes embargadas: “que coisa linda! Deus as abençoe!” Intrigada, porque nunca senti que estivesse fazendo nada de excepcional, quando médicos mais amigos teciam algum comentário desse nível, passei a debater com eles essa sensação de inquietude que me invadia. Ouvi então discretos depoimentos que, resumidamente, me inteiravam de que a grande maioria dos pacientes idosos por eles atendidos está sempre entregue aos cuidados de terceiros, sendo muito raro e dificultoso o contato com algum familiar dos mesmos. Os resultados disso são visíveis: pacientes depressivos, mal nutridos, desidratados e mergulhados em graus de dependência física que não condizem com as condições patológicas apresentadas. O pior disso tudo é que as diversas situações não podem ser enquadradas como casos de abandono, de negligência ou mesmo de maus tratos: os idosos estão lá, no conforto da casa deles e com pessoas contratadas para os devidos cuidados. Mesmo aqueles que têm algum familiar morando com eles são condenados ao ostracismo: geralmente restritos ao quarto ou poltrona na sala de visitas não são estimulados a participar de conversas ou expressar seus sentimentos ou opiniões. E assim histórias e mais histórias acontecem desde sempre e se repetem pelo mundo afora. Os direitos humanos, as cartas magnas das nações, os estatutos sejam do idoso ou da criança e do adolescente, são meras palavras escritas num papel sob a menção honrosa de ter força de lei… Mas mesmo supondo que tais leis serão cumpridas pelo receio às punições previstas caso venham a ser desrespeitadas, o afeto, a fraternidade, o amor por nós mesmos refletindo-se no amor pelo outro jamais poderão ser obtidos pela força de nenhuma imposição. A ciência avança em suas pesquisas e vai descobrindo meios de aliviar o sofrimento ou curar o corpo debilitado por doenças, acidentes ou até mesmo corrigir os efeitos ‘antiestéticos’ do envelhecimento; a tecnologia avança permitindo uma maior proximidade entre os indivíduos e oferecendo meios para que se tenha mais conforto e tempo disponível para usufruir do prazer de viver…
Entretanto, cada vez mais não sobra tempo… Cada vez mais as pessoas vivem isoladas e prisioneiras do medo da violência intensificada em todas as camadas sociais… Cada vez mais a morte de jovens se alastra pelo mundo afora, restando aos velhos enterrarem seus filhos e netos enquanto, sob o peso da idade, sofrem os atropelos impostos por todos os segmentos de uma sociedade que quando não os abandonam à própria sorte, os mantêm afastados de toda sua complexa dinâmica de relações. Paradoxalmente, segundo pesquisas mais atuais, mesmo vivendo de parcas aposentadorias, são eles que atualmente se destacam como mantenedores da sustentação econômica da família, uma vez que os filhos adultos – seja pela escassez de empregos, seja pelas condições econômicas deficitárias, seja por mortes prematuras – continuam na dependência financeira dos velhos pais para criarem os próprios filhos e tocarem adiante as próprias vidas. Estamos sempre dispostos a julgar e condenar os outros mas nunca admitimos a nossa parcela de responsabilidade sobre tudo o que acontece, como se a sociedade fosse uma entidade autônoma que atua sem a nossa participação, sem a nossa conivência. Excluímo-nos sempre quando algo nos choca e desagrada, entretanto, seja por omissão, indiferença ou ação direta, cada um de nós alimenta e torna possível o funcionamento de toda uma engrenagem que repudiamos e sob a qual nos sentimos sufocar
adoro contar histórias pra "minhas crianças"
POR QUE CONTAR HISTÓRIAS ?
Contar histórias é a mais antigas das artes. Nos velhos tempos, o povo assentava ao redor do fogo para esquentar, alegrar, conversar, contar casos. Pessoas que vinham de longe de suas Pátrias contavam e repetiam histórias para guardar suas tradições e sua língua. As histórias se incorporam à nossa cultura. Ganharam as nossas casas através da doce voz materna, das velhas babá, dos livros coloridos, para encantamento da criançada. E os pedagogos, sempre à procura de técnicas e processos adequados à educação das crianças, descobriram esta “mina de ouro” as histórias. Parte importante na vida da criança desde a mais tenra idade, a literatura constitui alimento precioso para sua alma. É conhecendo a criança e o mistério delicioso do seu mundo que podemos avaliar todo o valor da literatura em sua formação. As crianças tem um mundo próprio, todo seu, povoado de sonhos e fantasias.
portanto:
Curta a história – o bom contador acredita na sua história, se envolve e vibra com ela. Se o professor não estiver interessado, dificilmente conseguirá interessar as crianças.
Contar histórias é a mais antigas das artes. Nos velhos tempos, o povo assentava ao redor do fogo para esquentar, alegrar, conversar, contar casos. Pessoas que vinham de longe de suas Pátrias contavam e repetiam histórias para guardar suas tradições e sua língua. As histórias se incorporam à nossa cultura. Ganharam as nossas casas através da doce voz materna, das velhas babá, dos livros coloridos, para encantamento da criançada. E os pedagogos, sempre à procura de técnicas e processos adequados à educação das crianças, descobriram esta “mina de ouro” as histórias. Parte importante na vida da criança desde a mais tenra idade, a literatura constitui alimento precioso para sua alma. É conhecendo a criança e o mistério delicioso do seu mundo que podemos avaliar todo o valor da literatura em sua formação. As crianças tem um mundo próprio, todo seu, povoado de sonhos e fantasias.
portanto:
Curta a história – o bom contador acredita na sua história, se envolve e vibra com ela. Se o professor não estiver interessado, dificilmente conseguirá interessar as crianças.
sobre a dedicação e afeto
Quando acontece o clima de afeto e compreensão está se formando uma relação facilitadora e, através de um ambiente repleto de afeto, o professor eleva a auto-estima do educando com o objetivo de proporcionar seu pleno desenvolvimento cognitivo, psicológico e social.
Sabemos que a confiança é tudo para a criança. Faz com que seja uma ferramenta para a participação no sucesso e na conquista de seu educando. O professor, o aducador, o líder, o mestre é quem orienta e auxilia o aluno em suas atividades, seus sonhos, objetivos e projetos.
O professor tem que estar atento para construir a afetividade, e se dedicar aos alunos, vibrando com suas conquistas e vitorias, e ganhando assim sempre a confiaça deles.
Por outro lado, o professor também cresce e se realiza quando percebe que conseguiu passar todo o ensinamento para o aluno de uma forma tranqüila, com amizade e serenidade, sem castigos, sem punições.
Sabemos que a confiança é tudo para a criança. Faz com que seja uma ferramenta para a participação no sucesso e na conquista de seu educando. O professor, o aducador, o líder, o mestre é quem orienta e auxilia o aluno em suas atividades, seus sonhos, objetivos e projetos.
O professor tem que estar atento para construir a afetividade, e se dedicar aos alunos, vibrando com suas conquistas e vitorias, e ganhando assim sempre a confiaça deles.
Por outro lado, o professor também cresce e se realiza quando percebe que conseguiu passar todo o ensinamento para o aluno de uma forma tranqüila, com amizade e serenidade, sem castigos, sem punições.
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